A logística do setor de saúde enfrenta um aumento significativo com medicamentos sensíveis à temperatura.

O mercado de logística terceirizada (3PL) para o setor de saúde deverá dobrar até 2034.

O mercado global de logística terceirizada para o setor de saúde deverá atingir aproximadamente US$ 502,6 bilhões até 2034, o dobro dos US$ 246,1 bilhões registrados em 2024, de acordo com um relatório da Allied Market Research. Com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) estimada em 7,8%, espera-se que esse crescimento seja impulsionado por medicamentos sensíveis à temperatura, como produtos biológicos, vacinas e outros produtos que exigem tratamento especial.

À medida que o mercado se expande, o risco também aumenta. Os expedidores de medicamentos especiais e outros produtos de saúde de alto valor devem considerar as seguintes etapas:

• Medidas de segurança reforçadas, incluindo rastreamento por GPS, lacres invioláveis e redes de transportadoras verificadas.
• Protocolos rigorosos de controle de temperatura para manter os padrões em todos os meios de transporte e regiões geográficas.
• Consultoria de conformidade para lidar com os requisitos alfandegários, de documentação e de manuseio de produtos em constante evolução.

O relatório destaca que o rastreamento por IA e IoT, que permite visibilidade e controle em tempo real, é um diferencial para a cadeia de suprimentos farmacêutica. Os expedidores podem se beneficiar de uma cadeia de fornecimento Agentic e do Always-On Logistics Planner.

Crescimento da distribuição de medicamentos GLP-1 no varejo.

A distribuição no varejo de medicamentos populares à base de GLP-1 para diabetes e perda de peso está se expandindo, visto que muitas seguradoras não cobrem medicamentos à base de GLP-1 usados apenas para emagrecimento. Membros do Sam's Club e do Costco agora podem comprar esses medicamentos com receita médica a preços reduzidos, mesmo sem plano de saúde. A Novo Nordisk, fabricante do Ozempic e do Wegovy, já estava em parceria com varejistas como a CVS e a Walgreens para ampliar o acesso, reduzindo os custos diretos para o consumidor para cerca de metade dos habituais US$ 1.000.

O crescimento da distribuição de medicamentos GLP-1 no varejo introduz diversas complexidades logísticas e regulatórias para as empresas farmacêuticas. Esses medicamentos são de alto valor e sensíveis à temperatura, exigindo um controle rigoroso da cadeia de frio. As entregas para grandes redes varejistas exigem uma coordenação precisa, já que esses locais podem não estar equipados com os protocolos tradicionais de recebimento de produtos farmacêuticos.

As empresas também precisam lidar com as diferentes regulamentações farmacêuticas em nível estadual, garantir o manuseio seguro para evitar roubo ou desvio e manter a integridade dos dados para o rastreamento e a conformidade das prescrições. A parceria com um fornecedor de logística com experiência em distribuição tanto farmacêutica quanto varejista é essencial para mitigar riscos e manter a integridade do produto.

Atualizações tarifárias

• Tarifas recíprocas: Em 5 de novembro, a Suprema Corte dos EUA ouviu os argumentos orais no caso que determinará se o presidente tem autoridade para impor tarifas ao declarar estado de emergência nacional. Tarifas recíprocas sobre importações da maioria dos países foram estabelecidas sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA, na sigla em inglês), assim como tarifas impostas a mercadorias da China, México e Canadá, com o objetivo de reduzir o fluxo de fentanil. Caso a Suprema Corte determine que o presidente não possui essa autoridade, não se sabe ao certo se os reembolsos serão concedidos. A decisão é esperada entre o início e meados de dezembro.
• China: Um acordo provisório entre os EUA e a China, anunciado por escrito em 1º de novembro, proporcionou algum alívio para os importadores de produtos de saúde. A medida incluiu uma redução da tarifa relacionada a medicamentos de 20% para 10%, fixou a tarifa recíproca em 10% por um ano inteiro, em vez de subir para 34% em 10 de novembro, e evitou a ameaça de uma tarifa adicional de 100%. Essas medidas devem entrar em vigor no dia 10 de novembro. Consulte a ficha informativa da Casa Branca para obter mais detalhes.
• Canadá: Em 25 de outubro, o governo dos EUA anunciou que aumentaria em 10% as tarifas sobre produtos provenientes do Canadá. Não está claro quando essa medida entrará em vigor e quais produtos serão afetados. A maior parte das exportações canadenses para os Estados Unidos está isenta de tarifas ao abrigo do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA). Mercadorias não abrangidas pelo USMCA estão sujeitas a uma tarifa de 35% desde agosto de 2025.
• Novos acordos com a Ásia: Os Estados Unidos fecharam acordos tarifários com a Malásia, a Tailândia e o Vietnã. Cada país concordou em eliminar as tarifas sobre produtos americanos, com algumas exceções. As importações para os Estados Unidos provenientes da Malásia e da Tailândia estarão sujeitas a uma tarifa de 19%, e as do Vietnã, a 20%. Em cada caso, existem exceções.

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